PRIMEIROS SOCORROS E DICAS PARA O SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO




Este guia é ensinar o proprietário como agir em situações de emergência. E disso poderá depender a vida do animal até que o atendimento veterinário seja possível.Saiba como agir para socorrer um pet em casos de acidentes, seja ele grave ou não.   É importante que o dono ou socorrista passe tranquilidade ao pet no caso de acidentes, mas muito cuidado para não ser mordido... lembre-se que o animal pode estar sentindo dor. Veja algumas dicas do que podemos fazer caso nosso cão ou gato se acidente:  Logo após o acidente, o pet deve ser encaminhado a um hospital veterinário e submetido a exames...

As ocorrências graves em animais dividem-se em dois casos:
Emergência: requer medidas imediatas, pois a vida pode depender delas. Exemplo: hemorragia, parada cardíaca e/ou respiratória, atropelamento, envenenamento, choque elétrico, afogamento, etc.
Urgência: é uma ocorrência de menor gravidade, mas que precisa ser socorrida a tempo para que o animal não tenha complicações mais sérias. Exemplo: vômito ou diarreia intensos, piometra (infecção uterina), ausência de urina por mais de 24hs, convulsão e outros.

TEMPERATURA
Valor normal: 38 a 39º C.
Como avaliar. Lubrifique a ponta do termômetro com óleo, vaselina ou água. Introduza-o no ânus do animal até a metade e incline-o levemente para um dos lados. Assim que o indicador da temperatura parar de subir, o que leva um ou dois minutos, o termômetro pode ser retirado. Para que a leitura da temperatura retal seja válida, o animal não pode estar agitado demais ou se debatendo. Por segurança, é melhor usar focinheira ou mordaça no cão e conter o gato enrolando-o numa toalha. Outros locais do corpo do animal, como axilas e boca, não são apropriados para medir a temperatura.
Hipertermia (aumento da temperatura acima de 39º C).
Quando ocorre:
  • em episódios de febre;
  • após exercícios físicos ou exposição ao sol;
  • quando o animal apresenta tremores (p. exemplo: medo);
  • durante confi namento em local muito quente (dentro do carro ou caixa de transporte em dias de verão).
Hipotermia (queda da temperatura abaixo de 38º C).
Quando ocorre:
  • durante o estado de choque;
  • após hemorragia grave;
  • em situações onde a temperatura externa é muito baixa.
Obs: considere que a temperatura do animal está alterada e necessita de atenção quando ela variar mais de meio grau centígrado, ou seja, abaixo de 37,5º C ou acima de 39,5º C.

BATIMENTOS CARDÍACOS
DICA: Para avaliar a frequência cardíaca, conte o número de batimentos ou respirações em 15 segundos e multiplique por 4 para saber o valor em 1 minuto.
Valor normal: (média) 70 a 120 batimentos cardíacos por minuto.
Como avaliar. Coloque a mão sobre o coração do animal, do lado esquerdo do tórax, bem atrás do “cotovelo”. Faça isso com o animal deitado ou em pé. Caso não consiga sentir nada, encoste a cabeça no tórax do cão /gato para ouvir se há batimentos. O ambiente precisa estar em silêncio.
Taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos).
Quando ocorre:
  • em episódios de febre;
  • após exercícios físicos ou exposição ao sol;
  • em situações de estresse;
  • cães pequenos podem ter a frequência cardíaca aumentada (condição normal).
Bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos).
Quando ocorre:
  • cães atletas em estado de descanso têm o número de batimentos cardíacos menor (condição  normal);
  • casos de doença cardíaca;
  • animal em estado terminal (pré-morte);
  • organismo com hipotermia (baixa temperatura).


Para poder socorrer um cão ou gato, você precisa ter algumas informações básicas de como funciona o organismo do animal. Só assim será possível avaliar o estado geral em que ele se encontra.

FREQUENCIA RESPIRATÓRIA
DICA: Para avaliar a frequência pulmonar, conte o número de batimentos ou respirações em 15 segundos e multiplique por 4 para saber o valor em 1 minuto.
Valor normal: (média) 15 a 40 respirações por minuto.
Como avaliar. Observe o tórax do animal e conte cada elevação como uma respiração.
Aumento da frequência respiratória Quando ocorre:
  • em episódios de febre;
  • após exercícios físicos ou exposição ao sol;
  • situações de estresse;
  • cães pequenos podem ter frequência respiratória aumentada (condição normal).
Diminuição da frequência Quando ocorre:
  • durante anestesia ou sedação;
  • animal em estado terminal (pré-morte).

COLORAÇÃO DAS MUCOSAS
Valor normal: vermelho-róseo.
Como avaliar. Pela coloração das mucosas, como conjuntiva (interior das pálpebras) e gengivas.
Alterações:
mucosa pálida: estresse, anemia ou hemorragia grave;
mucosa azulada ou arroxeada: falta de oxigenação, alteração cardíaca ou pulmonar;
mucosa ressecada: desidratação.

CONDIÇÃO DE HIDRATAÇÃO
Valor normal: pele elástica.
Como avaliar. Através da elasticidade da pele. Basta puxá-la na região lateral do corpo e observar se ela volta rapidamente à posição normal. Também é possível detectar a desidratação observando a posição do globo ocular.
Alterações:
  • a pele volta lentamente à posição normal: desidratação leve;
  • a pele não volta à posição normal: desidratação grave;
  • globo ocular retraído (“olho fundo”): desidratação grave.

SALIVAÇÃO
Cães e gatos podem apresentar salivação intensa em casos de intoxicação, situações de estresse ou durante ataques convulsivos. Gatos podem salivar intensamente após ingerir medicamentos. Algumas raças de cães de focinho achatado salivam bastante, porém, essa é uma condição normal. Exemplo: boxers, bulldogues, pugs e outros. Cão ou gato “babando” não significa obrigatoriamente que ele esteja com raiva. A raiva é uma doença viral que o animal só adquire se for mordido por outro que esteja raivoso. A raiva não é transmitida pelo ar. Ao se deparar com um cão ou gato salivando, para sua segurança, use algum método de contenção que evite que o animal consiga mordê-lo. Caso isso ocorra, o cão ou gato deve ser observado por 10 dias. Se ele fugir, a vítima da mordida deve ser socorrida imediatamente em um hospital ou posto de saúde. Se o animal agressor morrer dentro do período de 10 dias de observação, o corpo deve ser encaminhado para exame de raiva no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da cidade. NÃO SE ARRISQUE!
Os parâmetros apresentados são importantes, mas em alguns casos de emergência não é possível avaliar todos. Quando um dos procedimentos não for viável (cão/gato agitado, com muita dor ou agressivo), não se preocupe. Observe apenas aquilo que for seguro para você e para o animal. Deixe manobras arriscadas para o veterinário, pois ele está preparado para essas situações.

Por Silvia Parisi, médica veterinária, do Guia de Primeiros Socorros para Cães e Gatos
Fonte: http://www.webanimal.com.br/guia/guia_webanimal.html


É importante que o dono ou socorrista passe tranquilidade ao pet no caso de acidentes, mas muito cuidado para não ser mordido… lembre-se que o animal pode estar sentindo dor.
Veja algumas dicas do que podemos fazer caso nosso cão ou gato se acidente: 
Logo após o acidente, o pet deve ser encaminhado a um hospital veterinário e submetido a exames como ultrassom, raios X e tomografia. Só o veterinário pode apontar se, além da fratura, houve alguma lesão mais grave que requeira cirurgia.
LIMPEZA 
Não deixe o animal lamber o machucado. Ao imobilizá-lo, pegue um tubo de soro fisiológico, faça um furo na tampa e espirre alguns jatos sobre o local ferido para retirar resíduos de asfalto, grama ou terra que possam causar infecções. Após a higienização, utilize gaze ou tecido bem limpo para cobrir o ferimento.
MEDICAMENTOS 
Não ofereça medicação humana aos animais. Só depois da avaliação de um profissional e de exames específicos é possível saber a gravidade do acidente e que tipo de tratamento será indicado, as opções vão de antibióticos e anti-inflamatórios a fisioterapia. De qualquer forma, siga sempre as orientações do veterinário.
FRATURA EXPOSTA 
O animal costuma suportar a dor até mais do que os seres humanos, mas não tente ajeitar um osso fora de lugar nem fazer movimentos bruscos. Tudo isso pode agravar a situação. Acalmá-lo nesses momentos é fundamental para que ele não avance.
CUIDADOS IMEDIATOS
Fraturas mal tratadas podem causar deformidade de angulação que deixam os membros tortos, provocam dificuldade de locomoção e infecções, principalmente em caso de feridas abertas, que se complicam e podem comprometer para sempre a pata. Ou seja, não deixe de cuidar do animal.

por Fernanda Ruiz, publicado em 20 de março de 2013 na Revista Saúde, postado em http://revistameupet.com.br/higiene-e-cuidados/dicas-de-primeiros-socorros-para-caes-e-gatos/574/

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